quinta-feira, 7 de julho de 2016

RESENHA: Pássaros ferido

       

Título: Pássaros feridos
Autor: Colleen McCullough
Editora Bertand Brasil
Páginas: 672
Ano: 2003

Confira a sinopse no site do Skoob

Olá, pessoas. Hoje quero compartilhar com vocês um livro cheio de emoções... um clássico, na verdade. Pássaros feridos, da Colleen McCullough, foi um livro que muito me indicaram. E não foram palavras ao vento, o livro merece todo o respeito emanado. A linguagem e a sucessão dos fatos me fez lembrar de O vento levou. Realmente uma linda história.

– É uma pena que não haja dinheiro para manter os pequenos na escola. São tão inteligentes!
– Oh, Frank! Se os desejos fossem cavalos, os mendigos fariam equitação.

Tudo começa com a nossa protagonista, Meggie Cleary, ainda pequena, indo à escola e relatando a vida na Nova Zelândia. O tempo vai passando, a família Cleary muda-se para a Austrália e as tramas começam a ser desenvolvidas. A história se estende por vários anos, findando quando Meggie já ultrapassara a casa de meio século.

– O senhor acreditaria, padre, se eu lhe disse que só cheguei suficientemente perto de Fee para dizer-lhe alô no dia em que me casei com ela?
– É claro que eu acredito – disse o padre a meia voz.

Outro personagem muito importante, que merece seu merecido destaque, é o padre Ralph de Bricassart. Este personagem tem uma participação muito ativa trama. Ele é o pároco de Drogheda, palco principal de Pássaros Feridos. Com muita devoção ao Senhor, Ralph resiste aos seus votos, ou pelo menos tenta, até que alcança o que deseja: ascensão clerical.


Há outros personagens de destaque, porém com menos brilho que esses dois já mencionados, como os irmãos de Meggie, sua mãe, seus filhos, alguns amigos. Um fato que eu senti falta foi o desfecho do marido de Meggie. Ele simplesmente foi deixado de lado na história, deixando no ar que ele continuou na luta por seu sonho. Um ponto negativo? A parte em que a história foca nos filhos de Meggie. É uma parte importante, porém, para mim, foi uma parte menos acalorada, não tão empolgante.

Morrerei quando eu tiver escolhido a hora, e olhe que eu não pretendo suicidar-me. É a vontade de viver que nos mantém esperneando, Ralph; não é difícil parar quando realmente o desejamos. Estou cansada e quero parar. É muito simples.

Assim como o livro me foi indicado, a mim foi relatado que há uma minissérie, que já foi até exibida na TV aberta. Será que fiquei curioso por ver essa versão televisiva? Não tenha dúvida. Claro que estou ciente de que, assim como em O vento levou, muito deve ter sido suprimido, quando não alterado. Não importa: quero ver (risos).

– De fato. Eu carecia de humildade, e acredito que, de certo modo, aspirava ser o próprio Deus. Pequei muito grave e indesculpavelmente. Não posso perdoar-me, e, nessas circunstâncias, como esperar o perdão divino?

Enfim, apesar da quantidade de páginas, de ser um livro “de respeito”, eu o li em menos de 10 dias. Não acreditava, antes de iniciar a leitura, que a história fosse me devorar tão gulosamente. Realmente eu não conseguia parar de ler, ansioso para descobrir o que aconteceria na sequência. Se soubesse que seria assim não o teria deixado para ler tão tarde. Recomendo.



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