Título: As cores do entardecer
Autor: Julie Kibler
Editora Novo Conceito
Páginas: 352
Ano: 2015
Confira a sinopse no site do Skoob
Olá, pessoas. As cores do entardecer. Anotem esse
nome. O livro é muuuuito bom. Esse exemplar eu ganhei da minha parceira do
blog, Fabiana. A história é simplesmente linda. Começou bem pacata, sorrateira,
e paulatinamente foi ganhando vida e me conquistando. É um livro que não dá
vontade de parar de ler, que te arranca muitas emoções, fazendo refletir sobre
a vida e te deixando com um gostinho de quero mais quando se chega à última
página. Valeu a pena!
Porém, nunca fui de ficar perguntando
muito – a beleza da coisa pode vir daí mesmo. Eu já tinha aprendido que as
pessoas falam quando estão prontas. Com o passar dos anos, ela se tornou muito
mais do que apenas uma cliente. Ela era boa comigo. Eu nunca cheguei a admitir
isso às claras, mas ela era mais do que uma mãe para mim do que a que Deus me
deu.
A obra começa com Miss
Isabelle, uma senhora de 90 anos, branca, em um salão de beleza. Dorrie,
cabelereira, negra, será quem cuidará do cabelo de Miss Isabelle hoje. De
início, existe uma certa resistência por parte da idosa. No entanto, com o
passar dos dias, elas se tornam grandes amigas.
– Você? Na faculdade? – rindo, não
com grosseria, mas seu escárnio respingou em mim. – A única educação de que
precisa para ser uma boa esposa e mãe você receberá aqui mesmo, debaixo do
próprio teto.
Eis que Miss Isabelle fica
sabendo de um velório, do qual precisa ir, mas não é em sua cidade, nem mesmo
no seu estado. Aos 90 anos já não tem condições de dirigir tão longe. Então vem
a proposta que servirá de base para contar a história do livro. Miss Isabelle
convida Dorrie para levá-la ao velório.
Intercalando dias atuais com
os anos durante a II Guerra Mundial, Isabelle conta sua história desde seus 16
anos, quando se apaixonou pela primeira vez. Um amor arrebatador, que foi
contra todos os princípios da sua cidade. Ela, uma menina de uma bem
conceituada família, se apaixonou por um negro, pobre, em uma cidade
extremamente racista.
Senti por ela. Por mais que minha mãe
jovem e ignorante demais tivesse errado – e me deixasse maluca com sua
dependência atual –, eu nunca, jamais, questionei seu amor. Eu sempre soube
que, mesmo de um jeito estranho, inconstante, impulsivo e ridículo, ela me
amava.
Dorrie, que é negra, ouve e se
emociona com cada detalhe que ouve e, aos poucos, ficamos sabendo de situações
que ela também sofreu, às vezes ainda sofre, por conta do racismo e do
preconceito. Com isso, nos envolvemos não só com a grande história de Miss
Isabelle, mas também com a de Dorrie, que mesmo no século XXI ainda sofre com
atitudes hostis.
– Isa! –ele gritou enfim. – Eu estou
aqui porque precisava vê-la. Eu ainda amo você. Cada dia, cada minuto, eu amo
você.
Olhei para a porta de tela, ouvindo
suas palavras, o som do nome que me deu. Balancei a cabeça de um lado para
outro. Ele não estava ali por mim. Ele ia embora tão depressa quanto apareceu.
Mesmo que ainda me amasse.
Não tem como detalhar mais a
obra sem spoilers, mas com certeza é um livro que merecia ser vendido em
kit (um livro e dois pacotinhos de lenços). A edição é de muita qualidade,
papel amarelo, páginas grossas, bem escrito, capítulos no tamanho ideal. A capa
não me cativou, tanto que que li por várias indicações positivas. Mais uma vez
o produto surpreendeu. Minha nota: 9,6. Recomendo.
Lindo, já achei lindo sem ler, deve ser bem triste, com muito sofrimento passado por Isa e Dorrie e muito real, pois até os dias de hoje é muito grande o preconceito.
ResponderExcluirLindo, já achei lindo sem ler, deve ser bem triste, com muito sofrimento passado por Isa e Dorrie e muito real, pois até os dias de hoje é muito grande o preconceito.
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