quinta-feira, 22 de setembro de 2016

RESENHA: November 9

 

Título: November 9
Autor: Colleen Hoover
Editora Galera
Ano: 2015
Páginas: 340

Confira a sinopse no site do Skoob

Olá, pessoas, tudo certo? Se eu disser que este livro foi top estarei mentindo. A leitura dessa obra foi bem interessante, gostei, mas em comparação com os outros títulos da Colleen Hoover este livro deixou a desejar. Na minha opinião foi fraco. É uma história bonita, porém rasa. Entretanto, eu ainda recomendo a obra.

Eu tento relaxar minha perna para que Ben não sinta o quão tensa estou, mas ele é o primeiro cara em um longo tempo a realmente me tocar fisicamente. É um pouco estranho, se eu for realmente honesta.

Eu resolvi ler esse livro primeiramente porque já li quase todos os títulos da autora, então porque não ler mais este, visto todas as resenhas positivas que já foram disponibilizadas. A história gira em torno de Fallon O’Neil e Ben Kessler. Duas pessoas distintas que a vida resolveu cruzar os caminhos. Essa história começa no dia 9 de novembro. Fallon e Ben estão no mesmo restaurante/café/lanchonete.

E então isso me fez pensar se você beijava como a Abitha, porque mesmo que ela tenha sido meu primeiro beijo, ainda foi um dos únicos que me lembro de cada detalhe.

Fallon é uma menina linda, atriz, que por causa de um acidente teve sua carreira roubada. A culpa ela derrama toda sobre seu pai. Ele tem a sua parcela, mas ele não sabia que teria visita exatamente no dia do acidente.

Uau. Ela é como uma mini-Sócrates com todos estes conselhos de vida. Eu sinto como se deveria estar tomando notas. Ou debatendo com ela.

Ben é um rapaz inteligente, escritor (pelo menos se esforça para tal), está na faculdade, seguindo os mesmos passos de sua falecida mãe. Como que por instinto, um sentimento incontrolável, Ben não resiste à conversa calorosa e nada amistosa de Fallon com o pai e resolve se intrometer. E foi dada a largada dessa trama.

Ele beija o topo da minha cabeça e, em seguida, planta as mãos no meu rosto, inclinando meu rosto para ele. "Eu não posso acreditar que você está aqui," diz ele. Eu posso ver um sorriso em guerra com a devastação em sua expressão. Eu não falo, porque ainda não sei o que dizer. Eu só corro a minha mão para o lado do seu rosto e escovo meu polegar sobre seus lábios.

Como esse episódio ocorreu em 9 de novembro, eles combinam de se ver todos os anos no mesmo dia, mesmo local, mesmo horário por pelo menos cinco anos, a razão deve-se a uma conversa que Fallon teve com sua mãe. E assim acontece. Houve contratempos, quase desencontros.

Eu nem sequer quero estar com alguém, se há mesmo uma possibilidade remota, que ocorra uma terceira pessoa em jogo. O amor deve ser entre duas pessoas, e se não for, prefiro me curvar para fora a participar da corrida.

Eu achei o livro um pouco fraco, pois as ações que ocorrem não são lá de tirar o fôlego. No entanto, tem partes para refletir sobre a vida, sobre como devemos encarar a vida etc. A leitura acelera quando o caso do incêndio é revelado. Toda a verdade vem à tona e nesse momento você nem pisca. Essas revelações que fizeram o livro valer a pena. Apesar dos pesares, como de costume, a minha nota é 7,2.

Quando digo que você só sabe, é porque você só vai saber. Você não vai questioná-la. Você não pergunta se o que sente é realmente amor, porque quando for, você vai ficar absolutamente aterrorizado que está nele. E quando isso acontecer, suas prioridades mudam. Você não vai pensar sobre si mesmo e sua própria felicidade. Você só vai pensar sobre essa pessoa, e como você faria qualquer coisa para vê-la feliz. Mesmo que isso signifique ficar longe deles e sacrificar sua própria felicidade por eles." [...] Quando você estiver disposto a abrir mão das coisas que mais significam para você só para ver alguém feliz, isso é amor verdadeiro."





domingo, 11 de setembro de 2016

CINEMA: Escritores da liberdade



Filme: Escritores da liberdade
Lançamento: 27 de agosto de 2007 (2h04min)
Direção: Richard LaGravenese
Elenco: Hilary Swank, Patrick Dempsey, Ricardo Molina, entre outros
Gênero: comédia dramática
Nacionalidade: EUA

Confira a sinopse do filme no site do AdoroCinema

Tomei conhecimento do filme por um grupo de amigos, que muito me recomendaram. Fiquei curioso sobre a temática, visto que o título –Escritores da liberdade – não me ofereceu nenhuma sugestão mais clara. Outro detalhe: quem me indicou apenas disse “preste atenção no colar”. Se você já observou a capa, verá a protagonista com um lindo colar de pérolas. A capa é bem atraente.


Enfim, descobri que esse filme aborda a luta de uma professora com uma turma de integração em uma escola que era, em um passado recente, tida como modelo e, quiçá, de elite. Assim como todo professor novo na escola, somada à pouca experiência na área, a professora Gruwell se vê em conflito em face da desordem e descaso dos alunos com relação à educação.

“Quando eu tiver que defender um aluno no tribunal a batalha está perdida, a batalha deve começar na sala de aula.”

Ela não desiste. Conforme o tempo vai passando, ela vai percebendo as fragilidades, o calcanhar de Aquiles de cada um e elabora uma forma de abordagem de integração com a turma. Com isso, os alunos – penso que sem perceber no início – acabam aceitando-a como professora, visto que o comportamento deles abranda.


O que a professora não esperava era a reação/ação do pai e do marido com relação à sua escolha profissional. No entanto, todas as atitudes que ela tomava para ajudar seus alunos mudaram não apenas os adolescentes que ela ensinava, mudou a sua vida em vários aspectos.


Penso que o desfecho dessa história foi romantizado demais, apesar de um pouco previsível. Todavia, esse filme me trouxe várias reflexões, principalmente a de que os Estados Unidos não é aquele paraíso pintado por Hollywood. Foi possível perceber claramente as diferenças de classes, o racismo, o preconceito, as brigas raciais, elementos esses que contribuem para desregrar um povo sem esperanças.Indico esse filme a todos ligados à educação, principalmente professores, pois é uma história cativante, de superação e, principalmente, de escolhas.



quinta-feira, 8 de setembro de 2016

RESENHA: Zoo


Título: Zoo
Autor: James Patterson
Editora: Arqueiro
Páginas: 288
Ano: 2015

Confira a sinopse do livro no site do Skoob

Olá, pessoas. Tudo bem? Zoo é um livro de James Patterson. Eu conheci o autor pela obra Os assassinos do cartão postal, que por sinal é muito bom e recomendo. Zoo foi um livro muito interessante, rico em detalhes, aquele tipo de livro que vai pegando embalo aos poucos e de repente é uma informação nova atrás da outra que deixa o leitor sem fôlego.

Quando vi a notícia dos ataques dos leões no zoológico de Los Angeles, eu sabia que precisava ligar. Você precisa vir aqui, cara. E trazer uma câmera. Você e o resto do mundo precisam ver isso para acreditar.

Jackson Oz é um cientista que há muito tempo vem estudando e tentando alertar as autoridades sobre uma revolução animal, uma revolta dos animais contra os humanos. Oz até vai à África para ver de perto o que está acontecendo com os leões, que de repente passaram a atacar as pessoas.


Conforme Oz vai descobrindo detalhes para estudar melhor essa loucura que está ocorrendo no mundo animal, ele acaba sofrendo alguns ataques, caindo em armadilhas que os animais começaram a preparar. Tudo muito estranho, comportamentos totalmente fora do padrão.

Vocês se lembram do tsunami no oceano Índico? Sim, nós vivemos numa época interessante em que guerras e desastres naturais se sucedem como uma chuva forte, mas logo ficam soterrados em camadas sobrepostas de lama nas nossas pobres memórias.

Todos os animais começam a desenvolver comportamento atípico. Os leões, que normalmente não formam grupos com outros machos, passam a andar juntos para fazer tocaias. As fêmeas aparentemente são deixadas de lado. Até os cães e os gatos (que são considerados animais domésticos) tornam-se selvagens. Por que os ataques são apenas contra os humanos? Por que esse desequilíbrio no comportamento dos animais não afetou os homens também, já que apenas os mamíferos estão agindo fora do padrão?

  
Mesmo tentando alertar a todos, Oz é ignorado. Depois de um bom tempo após esses eventos acontecerem e progredirem em escala geométrica, como num passe de mágica, o cientista ignorado passa a ser celebridade. Em parceria com outros estudiosos da área, eles começam a entender o fenômeno. Partindo desse estudo, o mundo todo passa a experimentar as soluções propostas pelos cientistas.

Ninguém precisa saber por que a casa está pegando fogo para sair correndo. Deve-se começar a alertar as pessoas imediatamente em relação a essa agressividade animal.

 O livro é incrível, com uma riqueza de detalhes respeitável. As pessoas da área da Biologia acredito que adorarão essa obra, visto todos os detalhes bioquímicos abordados. É uma leitura leve e de capítulos curtos (marca nítida das obras de Patterson). Recomendo, sem dúvida esse livro. A minha nota é 8,7.




domingo, 4 de setembro de 2016

RESENHA: As cores do entardecer


Título: As cores do entardecer
Autor: Julie Kibler
Editora Novo Conceito
Páginas: 352
Ano: 2015

Confira a sinopse no site do Skoob

Olá, pessoas. As cores do entardecer. Anotem esse nome. O livro é muuuuito bom. Esse exemplar eu ganhei da minha parceira do blog, Fabiana. A história é simplesmente linda. Começou bem pacata, sorrateira, e paulatinamente foi ganhando vida e me conquistando. É um livro que não dá vontade de parar de ler, que te arranca muitas emoções, fazendo refletir sobre a vida e te deixando com um gostinho de quero mais quando se chega à última página. Valeu a pena!

Porém, nunca fui de ficar perguntando muito – a beleza da coisa pode vir daí mesmo. Eu já tinha aprendido que as pessoas falam quando estão prontas. Com o passar dos anos, ela se tornou muito mais do que apenas uma cliente. Ela era boa comigo. Eu nunca cheguei a admitir isso às claras, mas ela era mais do que uma mãe para mim do que a que Deus me deu.

A obra começa com Miss Isabelle, uma senhora de 90 anos, branca, em um salão de beleza. Dorrie, cabelereira, negra, será quem cuidará do cabelo de Miss Isabelle hoje. De início, existe uma certa resistência por parte da idosa. No entanto, com o passar dos dias, elas se tornam grandes amigas.

– Você? Na faculdade? – rindo, não com grosseria, mas seu escárnio respingou em mim. – A única educação de que precisa para ser uma boa esposa e mãe você receberá aqui mesmo, debaixo do próprio teto.

Eis que Miss Isabelle fica sabendo de um velório, do qual precisa ir, mas não é em sua cidade, nem mesmo no seu estado. Aos 90 anos já não tem condições de dirigir tão longe. Então vem a proposta que servirá de base para contar a história do livro. Miss Isabelle convida Dorrie para levá-la ao velório.


Intercalando dias atuais com os anos durante a II Guerra Mundial, Isabelle conta sua história desde seus 16 anos, quando se apaixonou pela primeira vez. Um amor arrebatador, que foi contra todos os princípios da sua cidade. Ela, uma menina de uma bem conceituada família, se apaixonou por um negro, pobre, em uma cidade extremamente racista.

Senti por ela. Por mais que minha mãe jovem e ignorante demais tivesse errado – e me deixasse maluca com sua dependência atual –, eu nunca, jamais, questionei seu amor. Eu sempre soube que, mesmo de um jeito estranho, inconstante, impulsivo e ridículo, ela me amava.

Dorrie, que é negra, ouve e se emociona com cada detalhe que ouve e, aos poucos, ficamos sabendo de situações que ela também sofreu, às vezes ainda sofre, por conta do racismo e do preconceito. Com isso, nos envolvemos não só com a grande história de Miss Isabelle, mas também com a de Dorrie, que mesmo no século XXI ainda sofre com atitudes hostis.

– Isa! –ele gritou enfim. – Eu estou aqui porque precisava vê-la. Eu ainda amo você. Cada dia, cada minuto, eu amo você.
Olhei para a porta de tela, ouvindo suas palavras, o som do nome que me deu. Balancei a cabeça de um lado para outro. Ele não estava ali por mim. Ele ia embora tão depressa quanto apareceu. Mesmo que ainda me amasse.


Não tem como detalhar mais a obra sem spoilers, mas com certeza é um livro que merecia ser vendido em kit (um livro e dois pacotinhos de lenços). A edição é de muita qualidade, papel amarelo, páginas grossas, bem escrito, capítulos no tamanho ideal. A capa não me cativou, tanto que que li por várias indicações positivas. Mais uma vez o produto surpreendeu. Minha nota: 9,6. Recomendo.


quinta-feira, 1 de setembro de 2016

CINEMA: Nerve: um jogo sem regras

Nerve: um jogo sem regras


Surfando na onda de Pokémon Go e seguindo a temática dos jogos on-line, redes sociais e privacidade na sociedade, Nerve: um jogo sem regras traz uma importante discussão para adolescentes e adultos conectados nessa nova realidade: qual o limite da inserção pessoal nesse novo contexto eletrônico?

Baseado no livro de Jeanne Ryan, o filme dirigido por Ariel Schulman e Henry Joost Henry Joost (Atividade paranormal 3 e 4) traz a história de Vee Delmonico (bem interpretada por Emma Roberts), que acaba entrando no jogo Nerve em busca de reconhecimento social. Nessa batalha de Verdade ou Desafio, tudo pode acontecer. O que ela não sabia é que não existem regras nem limites nesse jogo em que adolescentes são desafiados a cumprirem desafios cada vez mais ousados em troca de fama e dinheiro rápido.

Nesse caminho perigoso, Vee acabará se deparando com novos personagens em uma aventura sem limites por Nova Iorque.


 Nerve traz uma excelente trilha sonora, um roteiro superconectado com as tendências da modernidade, além de um elenco muito bem entrosado em um alucinante thriller adolescente.

Em meio a grandes surpresas, sustos, desafios e fortes emoções por belos cenários de Nova Iorque, o final hollywoodiano pode até deixar a desejar para alguns espectadores, mas certamente a aventura de acompanhar Nerve terá valido a pena!