Filme: Rua Cloverfield 10
Lançamento: 7 de abril de 2016
Dirigido por: Dan Trachtenberg
Com Mary Elizabeth Winstead, John Goodman, John Gallagher Jr.
Gênero: Suspense
Nacionalidade: EUA
Assista ao trailer aqui
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Pra quem assistiu Cloverfield - Monstro, eis aqui uma quase continuação. Pra quem, como eu, NÃO assistiu, não tem problema: Rua Cloverfield, 10 traz uma quase sequência temática do primeiro filme, mas com muitas diferenças e uma total independência dos personagens e acontecimentos do primeiro filme.
Basicamente, eis aqui um misto de O quarto de Jack com Independence Day, que apresenta ao público a claustrofóbica e assustadora experiência de Michelle (muito bem interpretada pela atriz Mary Elizabeth Winstead).
Após um acidente na estrada, a personagem acorda presa, em um lugar sinistro e cheio de mistérios, que lembra um cenário de puro terror. Ali, Michelle se depara com Howard Stambler (Assustadoramente interpretado pelo veterano John Goodman). Em meio ao mistério e suspense intensos, a guerreira Michele vai tentando descobrir (junto com o espectador) o que realmente aconteceu, e porque foi proibida de sair daquele lugar.
Um thriller com forte viés psicológico, que traz um pequeno elenco de três atores em um bunker, com momentos de tensão extrema, capazes de prender o espectador e fazê-lo sentir-se parte desse cenário. O que realmente aconteceu ali? Um simples sequestro? Um ataque alienígena? Uma guerra nuclear? Ou foi tudo loucura na cabeça perturbada de Howard?
A personagem da atriz Mary Elizabeth Winstead cativa o público e o convida a torcer por ela, acompanhando seus medos e dificuldades. Entre os fatos curiosos, há alguns Easter eggs inseridos no filme (é fácil encontrá-los no Google) e uma breve e curiosa participação de Bradley Cooper, como namorado de Michelle.
Até o ponto de virada do filme (sem spoilers! Assista para saber), prevalecem as claras referências ao filme O quarto de Jack, com momentos de descontração, e outros de susto e alta tensão. Após o grande acontecimento em questão, o filme se aproxima da linha de Independence Day, e toma rumos inimagináveis.
A parte negativa da produção fica exatamente por conta da parte final, onde a surpresa do espectador dá lugar ao questionamento: cabe espaço para um final tão inesperado e descabido, em uma produção tão promissora? Ao final do filme, saí com uma certeza: assisti a um grande filme, que poderia ter terminado de forma mais digna e gloriosa...
Haverá uma terceira seqüência para a franquia Cloverfield? Tomara que não!
Por Ricardo Brandes